Eu aceno meu chapéu para os vizinhos...
Sou bem vindo em meu ranchinho, isso
eu percebo!
Quando estou em meu lugar, me
apaixono por mim mesmo!
Depois da cortina dos pinheiros, seu
olhar já não me alcança...
Ali deito e me descanso... Eu e
minha companheira!
Ninguém sabe o que se passa em minha
horta...
E das horas que eu passo espantando
mil insetos
E da terra que me cobre por inteiro
no semeio
Nada sabe da sujeira que eu faço no
terreiro
Da fumaça de neblina que atrapalha
meu cavalo
Das minhocas que sussurram com os
grilos
E dos gritos de meu gatos em seus
cios
E dos cílios do regato que protegem
minha água
Ninguem vê, ninguém toca, nem o
sente...
A bagunça, o trabalho, a sujeira, a desordem e o encanto...
O que trago aqui pra fora, é apenas
o alimento dessa mágica anterior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário