11 de agosto de 2023

Alquimia

 Eu aceno meu chapéu para os vizinhos...

Sou bem vindo em meu ranchinho, isso eu percebo!

Quando estou em meu lugar, me apaixono por mim mesmo!

 

Depois da cortina dos pinheiros, seu olhar já não me alcança...

Ali deito e me descanso... Eu e minha companheira!

Ninguém sabe o que se passa em minha horta...

 

E das horas que eu passo espantando mil insetos

E da terra que me cobre por inteiro no semeio

Nada sabe da sujeira que eu faço no terreiro

Da fumaça de neblina que atrapalha meu cavalo

Das minhocas que sussurram com os grilos

E dos gritos de meu gatos em seus cios

E dos cílios do regato que protegem minha água

 

Ninguem vê, ninguém toca, nem o sente...
A bagunça, o trabalho, a sujeira, a desordem e o encanto...

O que trago aqui pra fora, é apenas o alimento dessa mágica anterior.

Nenhum comentário:

Postar um comentário