Para não perder tudo o que passou, aperto o botão da última bomba, o velho arsenal antigo que Maiakovski pediu para eu respeitar.
Brinco com o jogo das palavras infinitas...
Brindo ao Huno mais carnívoro...
Brado versos, os combino...
Escondo-me neste velho labirinto...
Este piano, melodias que bailam...
Teclas debutantes, desfilam...
Prazer fecundo, meios-dias que suam...
Uma mulher pode surgir das águas...
Arrancar-lhe os bagos ou beijar-lhe os lábios...
Surjo entremetido pelas frestas...
Sumo como o fumo das cabeças...
Depois de vir já estou...
Antes de ir já me vou...
Essa é minha dipirona...
Guardo os ossos das lutas vencidas...
Tenho uma caixa deles...
Aveludada de vinho...
Adivinho o futuro, em meu vírus do mosaico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário