Lamento-me, lamento-me como um pecador, ou aquela velha beata que confessa os mesmos pecados diariamente!
Levanto-me e dou mais uma volta em torno de minhas angústias...
Lamino-me, com navalhas envelhecidas e envenenadas!
Choro como um perdedor, com alguém que perdeu as velas na noite enegrecida
Ou o farol em meio a uma tempestade!
Sem leme, sem mastro, sem força para seguir o resto do caminho!
Ao meu lado, está aquela velha menina conhecida de meus olhos, aquela mulher que depositei o que eu esperava ser os frutos de uma grande colheita...
E a terra não esperou os adubos, e envelhecemos lado a lado, sem muito diálogo, sem muito amor...
É chegada a hora de culpar-me um pouco, fora a conjuntura, fora as circunstancias materiais, que envolvem todos os homens... E nem por isso são todos infelizes!
Qual a minha parcela de culpa? O que tenho a ver com isso tudo!? E definitivamente, o que posso fazer para que essa relação não me devore definitivamente?Vivo meu inferno, vivo meu calvário!
E peço forças para que eu possa terminar com tudo isso que me desgasta!
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