Vou a guerra meus amigos, se preparem!
Vou erguer minha bandeira colorida!
Escrever minha mensagem perseguida!
Vou a guerra meus amigos! Me exercito!
Declaro inimigos todos que maltrataram
A flor que nasceu do trabalho
Disciplina de guerreiro, o mundo em brasa!
Tenho um Deus particular dentro do peito!
Vou correr ate sangrar meus tornozelos!
Vou armar minha fragata de morteiros!
Não tem trégua, bando de covardes!
Não tem paz que se construa no conflito!
Tem a bomba instalada na memória!
Tem a canga tonelada na corcunda!
Tem a cova esperando meu lamento
Tem a cobra, me sugando o leite
Tem o dente que trincado se amontoa
A guerra que não quero, mas me chama
Expulsaram o animal do paraíso
Talhado a machado, a guerra me machuca!
Devolvo cada fenda, ofenderam as oferendas!
Devorada cada orelha, arrebentaram meus meninos!
Não esperem que eu venha todinho travestido de bom moço!
Não, não me amem!
Não me venham com a paz dos cemitérios!
Não esperem que eu me enterre por vontade própria!
A vida lateja em meu sêmen
Vou a guerra meus amigos, buscar o que me é de direito...
Lamparinas, luz de velas... São lanternas japonesas! Me parecem ser estrelas, com certeza são eternas!
1 de junho de 2010
Ao mundo que me engole,
Deixo a pele parecer macia, viro verme.
A língua que me amassa o verbo me persegue.
Un hueco largo y profundo me consome
Cai assim meu sonho delirante, embebido
Em álcool, vazando pela areia de meus dedos
Sou a gosma, amorfa e sem vontade
Aprendi pedir perdão pelos pecados
Nos porões me arrasto sem segredo
Digerindo o ferro das algemas, cadeados.
Apagaram a luz, esqueceram meus desejos
Aguardo a vontade do império, obedeço
Em meus olhos apenas a cegueira catarata
Em meu peito, a tristeza da gaiola, um afresco!
Um ar fresco!
Deixo a pele parecer macia, viro verme.
A língua que me amassa o verbo me persegue.
Un hueco largo y profundo me consome
Cai assim meu sonho delirante, embebido
Em álcool, vazando pela areia de meus dedos
Sou a gosma, amorfa e sem vontade
Aprendi pedir perdão pelos pecados
Nos porões me arrasto sem segredo
Digerindo o ferro das algemas, cadeados.
Apagaram a luz, esqueceram meus desejos
Aguardo a vontade do império, obedeço
Em meus olhos apenas a cegueira catarata
Em meu peito, a tristeza da gaiola, um afresco!
Um ar fresco!
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