Não tenho pretensões de que essa jornada termine em nada que me surpreenda demais...
Não tenho pretensões de que minhas palavras retornem ao cais...
Não tenho pressa, porem, já me vou... Adeus princesas da noite... Adeus...
Vou forjar mais um capítulo de minha história, e aos poucos descobrir mais um pedaço de mim...
Descobrir que não existem palavras vazias... e começar a sonhar em outras línguas...
Estar perdido não é ruim, pior é se alguém estiver te seguindo...
Una vida... Una vida a más, espalhada por esse país!
Não, não tenho pretensões de me distribuir aos pedaços, quero entregar por inteiro aquilo que não se partilha!
Não tenho pretensões de falar por códigos e nem de me apresentar por inteiro!
Me vou, assim, devagar, sabendo que o tempo é o tempo que tenho, e deliciar-me com as longas histórias dos textos não oficiais...
Qual o tempo que tenho para ler a história de uma vida...
Eq ue mapa tão gigantesco, seria capaz de colocar todos os detalhes na mesa??
Nada é reduzível...
Nada é resumivel, e todas as coisas são gigantescas... Nada me assusta...
Nada me assalta... Meu olhar se ajusta nessa longínqua estrada tão curta...
Nada me assombra, nem mesmo aquela antiga sombra dos antigos senhores de engenho!
Meus olhos não se enxaguam, e eu não faço rascunhos.
Meu punho não se curva perante o que cunho! E as palavras, como flechas, disparam num alvo, sem treino, sem trégua, um soldado, se forjando na batalha... Nem água, nem terra...
E mais um outro outubro me espera escondido entre as migalhas...
E mais um outubro nos aguarda!
E mais um outubro rubro esperando nas espingardas, nas cartucheiras, nas metralhas!
E me vou indo, devagarzinho, com as pedras escondidas em meu embornal surrado!
E me vou indo, de olhar baixo... escondendo dos guardas aquilo que lhes aguarda, que não lhes agrada!
Um litro de diesel, aluminio negro, um mapa!
E não tenho pretensões de uma marcha curta, ela será prolongada... Será uma longa marcha..
Meu caderno de poesias, renovado...
Já vou me indo, esse é o primeiro passo!
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