20 de fevereiro de 2011

Musa Paradisíaca




Era um jardineiro
Com seu canteiro florido
Milhares de cores...
e flores se sucediam
Abertas tão certas
Nas estações já previstas
Seguiam as primaveras

Era um matemático...
intuitivo.

Um botãozinho de rosa...
Nunca se abria... teimosa!
Mas que preguiça,
indolência ou feitiço
lhe perseguia?

Um dia, voltando da adega...
Com nuvens ainda nos olhos!
Ao pé da misteriosa
Fez derramar seu vinho
Quase um vinagre velho!
(E cera de abelha em vela...)

Aquilo foi como um carinho...
Regada da uva paradisíaca,
A musa jorrou seiva nas pétalas
Como asas de mariposas
Rompendo o casco-casulo

Vibraram... Abrindo sorrisos

Assim se foi o mistério
Quase que por acaso!

Ele tinha um jardim,
Ela, um jardineiro
Dentro do peito...

Brincaram com lógicas ébrias
Unicórnios que se revelam
Já sem segredos...

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