Hoje tomei um sorvete, sem calda...
Depois eu li um poema, sem rima.
Caminhei pelo parque, sem plantas.
Estava tudo bem calmo. Crianças? Não, não havia.
Segui no meu passo sem graça! Que dia...
Assim que cheguei em casa, sem chave...
Chamei meu amor na janela, sem grito.
Beijei-lhe na boca de leve, sem língua.
Jantei um sanduba guardado, centeio.
Tomei aquela gelada, sem álcool.
Liguei a TV no jornal. Censura.
Dormi uma noite sem sonho, sentado.
Desperto com Sexto sentido... Que chato
Percebo um homem no espelho. Sensato. (sem alma)
...
Deitei-me quieto e cansado...
ela aparece ao meu lado, esguia!
Calada, me chama pra dança, me guia. Eu bailo!
...
Hoje tomei um sorvete: Delícia!
Depois eu li um poema: Que lindo!
Caminhei pelo parque: Aromas!
Estava tudo animado. Crianças? Milhares!
Segui meu passeio sem pressa! Que dia!
Assim que cheguei ao castelo, as aves
Chamaram meu nome: Marcelo!
Beijei-lhe apertado na boca. Salivas!
Jantei com a minha princesa: À velas!
Bebemos um vinho encorpado e olivas!
Bem ébrio, liguei na vitrola um bolero: Censura!
Dormi uma noite sem peso, sensível!
Nem sonho nem pesadelo. Que raro!
Percebo um homem no espelho, Que ama.
(Amor, venha pra cama!)
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