11 de agosto de 2023

Retorno

Eu retorno bem cansado pro meu reino,

Na verdade, destruído, detonado, combalido...

Mas retorno desse jeito pro castelo

Bem sem pompa, na verdade é meu rancho!

 

Eu retorno desses anos de trabalho no navio

Lá nos remos das galés do Deus romano

Caravelas portuguesas dos escravos

 

Eu escrevo mais um verso escondido

Deixo ali, ele bem quieto matutando seu segredo

Cubro em palhas as ideias nas lavouras do engenho

E retorno bem mais velho, bem mais calvo

 

A princesa não tem torre, nem tem trono... é camponesa

Que trabalha com as vacas e o centeio...

De qualquer modo, me recebe num abraço bem mais terno 

Que um incêndio!

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