Eu retorno bem cansado pro meu reino,
Na verdade, destruído, detonado,
combalido...
Mas retorno desse jeito pro castelo
Bem sem pompa, na verdade é meu
rancho!
Eu retorno desses anos de trabalho
no navio
Lá nos remos das galés do Deus
romano
Caravelas portuguesas dos escravos
Eu escrevo mais um verso escondido
Deixo ali, ele bem quieto matutando
seu segredo
Cubro em palhas as ideias nas
lavouras do engenho
E retorno bem mais velho, bem mais
calvo
A princesa não tem torre, nem tem
trono... é camponesa
Que trabalha com as vacas e o
centeio...
De qualquer modo, me recebe num
abraço bem mais terno
Que um incêndio!
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