1 de abril de 2011

Então é assim que os poetas deliram?


Vou rasgar o sol com meus braços
E dali, puxar pela fenda dos elementos
Parindo do hélio, inteiro um planeta
Ou do hidrogênio

Ah, que hilário!!! Então é assim que os poetas deliram?

Vou recortar minha retina no gelo...
Congelar a pupila na imagem maravilhosa
Que são seu sustento, ou suas pernas
Pilastras romanas enrubescidas...
Colunas gregas, grinaldas agradecidas...

E na descida do Olimpo, salpicar de oliva
Sua pele, meu labirinto...

Ah, então descobri como fazem esses poetas!!
Tão divertido!

Mas que feio, meninos!!! Não exagerem!

Elas são lindas, eu sei, são nossas mulheres!
Mas elas percebem os superlativos, recuem!

Também queria ser desse tipo
de atleta gramático... Conquistar mil olhares!

Huumm, que delicia...

Mas vejam meus membros, não sou um atleta
Olímpico!

Imaginem! Quebrar tantos recordes!
Nunca... Bem que eu queria! Mas não me esforço!
Nem meu biótipo permite!

Ah, mas como desejaria estar ali pelo Nobel da literatura
Da química ou da medicina!
Mas meu raciocínio tortura e se inclina
Por um caminho mais largo, quem sabe, uma avenida!

Saramago que me abençoe!

Definitivamente, não faço parte do círculo!

E as musas, de mim gargalham!
E me divirto! Esse mundo é mesmo engraçado!
Não sirvo para soldado!

Sei que não danço em baladas...
Nem tremo de raiva com injustiças!

Mas para aquela ali meio escondida
Aquela, a que escolhi... meio desajeitada!
Ali na casinha de palha... ela descansa...

E o poema que trago...
Quase cerveja de trigo...
O mais bonito, é sempre da mesma matéria
Sussurradíssima ao pé do ouvido!
(recordem dos superlativos)
Compõe-se de uma só frase!
Ecoada e divina,
Leva-nos a loucura...
Basta: Eu te amo!
Ali eu deliro... e ela se vira... cai a noite
Me beija...
e ofegantes nos abraçamos!

Eu te amo mesmo... que coisa esquisita!!

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