3 de abril de 2011

Jocasta, Amelie Poulain e Lili Carabina



Mirem que belas! São elas exatamente!
As bruxas, as jovens ciganas, que bailam!
São minhas amigas e dos homens
As mesmas que sempre me amaram!

Adocicadas que voam, vagueiam desancoradas!
As da família Campello, por séculos acumuladas.
De lá, das Brumas de Avallon
Disseram em meu ouvido: Querido, cuidado!
E me alertaram do berço... ao abecedário.

E quando na adolescência, me tocam desencasulado
Um jovem, fugindo na estrada...
Cantaram por minha alma: Vá pela sombra, amado!
Assim, fui abençoado.

As mariposas de sempre, as fadas!  
De suas casernas enviam-me um anjo
A cada momento que sangro!
E me seguram no braço, me guiam. Caladas!
Por onde não há pegadas...

E quando o braseiro no peito,
Fez-se assim, agigantado
Queimando a caatinga. Subiu um balão ao céu
Quando viram, ali eu estava! Caído!
De pulso rasgado! Ergueram meus olhos
por sobre as muralhas!
Protegem-me das silhuetas

A essas mulheres, lhes chamo Amigas,
São elas, as três Marias Hermanas!
Seus nomes sacralizados
Na base de minha ampulheta!

Cravejo Alice na pálpebra! O ouro
Clarissa no ombro esquerdo! O incenso
Tatuo Jocasta, no tornozelo! A Mirra

PS: Ela vai rir do Jocasta, eu sei! Mas não cabia Juliana! Beijos minhas irmãs tão lindas e longe! Seu irmão já não é um guerrilheiro, mas segue na busca de alguma justiça e carinho! E sente saudades gigantes...

2 comentários:

  1. Ai que amor de irmão...saudade doc~e praga!!!Ass: Mãe da Cecilia...

    ResponderExcluir
  2. Teco, estão bonitos. Os de abril para cá estão diferentes... versos mais curtos, mais imperativos, mais sinais de exclamação.

    Abraços
    Leandro

    ResponderExcluir