26 de abril de 2011

O Eco, a Sombra e as Estrelas


Pouco tempo resta pra decidir a rota: - Capitão!!
Gritam: - Faz chorar a pedra! Essa é a tarefa!
Ampulheta que fratura a hora e dilacera a pressa!
Eis minh’obra dedicada à idade e a ilusão!

Vendo a memória, ninguém se interessa!
A cidade que ergo em meu verbo! Dédalo
Rasgando cada projeto e um beijo do objeto!
Resta uma dança para a despedida. Valso!

O anel ao dedo médio da menina mais sincera!
A escala domestica a fera, e meu lenço se encharca
de lembrança... Iço as velas, mordo as rédeas!

Encilharam meu cavalo, e meu nome vai bordado
Na bandeira hasteada, e meu eco acompanha o vento
Dorme a sombra, o instinto decidido berra: - Fica!

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