1 de abril de 2011

Deixa escorrer a água querido!


Onde esta a menina
que escrevia de lágrimas?
Se bem me lembro
Era divino o poema!
Dizia: lágrimas não choradas
Bem pronto, correm pro outro lado...
Ou seja... pra dentro da alma...

Enraizavam com força, se enterravam
no fundo de um poço
onde um caroço crescia...
lento e desesperado!
Os membros se retorciam

As lágrimas formavam um lago.
Profundo o desgosto
De ali, ser assim afogado!

Onde esta a menina?
Que recitou tais palavras?
Coitada! Não sei seu destino...
Imagino que no abismo do lago,
Ela repouse bem breve
Em suas margens,
dali entoando a cantiga
Que diz bem suave:

Deixa escorrer a água querido!
Para o outro lado...
Para o outro lado, menino!
Para não inundar sua alma
Nessa lagoa de mágoa...
Oceano salgado e solitário!
Cuidado!

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